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29/03/2017 13h45
Empresário: Veja algumas dicas para reduzir custos bancários

Quem tem um negócio está sempre na luta para descobrir como reduzir custos. E na lista dos itens que engordam os gastos das micro e pequenas empresas estão as tarifas bancárias.

Com a existência de contas sem taxas para pessoas físicas, como as contas digitais, muitos empresários caem na tentação de misturar as despesas da empresa às pessoais, seja por falta de organização ou pelo desejo de economizar. Esse, entretanto, definitivamente não é o melhor caminho para o seu negócio.

Para esclarecer as melhores maneiras de reduzir custos bancários, mas sem atrapalhar o sucesso financeiro da empresa, o analista do Sebrae-MG Marcelo Barroso e o professor Nelson Bruxelas Beltrani, da Faculdade Fipecafi, dão algumas dicas. Se você tem dúvidas de como gerir as finanças do seu negócio, os especialistas começam enfatizando a seguinte regra de ouro:

. Não caia no erro de misturar os gastos pessoais aos da empresa
“Apesar de as contas bancárias específicas para pessoas jurídicas (PJ) apresentarem valores um pouco mais altos do que as de pessoas físicas (PF), elas compensam em relação aos serviços mais amplos, às concessões de crédito mais vantajosas, às taxas de juros mais baixas e ao acesso a produtos financeiros específicos para a pessoa jurídica, que não são disponibilizados para pessoa física”, explica Barroso.

Um dos principais problemas enfrentados pelas micro e pequenas empresas é necessariamente o descontrole financeiro. E usar a sua conta pessoal para pagar fornecedores, por exemplo, só torna ainda mais difícil o acompanhamento do que entra e sai do caixa.

Para Barroso, a utilização de uma conta única dificulta, ainda, a elaboração de ferramentas de controle financeiro, como fluxo de caixa, prejudica a visão de futuro do negócio e impossibilita que a pessoa tenha conhecimento da sua real situação financeira – empresarial e pessoal.

Outro grande problema diz respeito ao Leão. Para a Receita Federal, PF e PJ têm finalidades e responsabilidades diferentes com impostos. “Em algum momento a contabilidade precisará da demonstração financeira da empresa para as declarações de impostos e a mistura das contas prejudicará esse preenchimento”, explica Beltrani.

Agora que você entendeu a importância de ter uma conta de pessoa jurídica e outra f´pisica, ou seja, separar o pessoal do profissional – mesmo que isso signifique alguns gastos a mais – confira as dicas dos especialistas para reduzir custos com o seu banco e manter o negócio girando de maneira saudável.

. Pesquise as opções de mercado
Nada substitui o poder de uma boa pesquisa. Por isso, para decidir em qual instituição abrirá sua conta de pessoa jurídica, é importante comparar custos, tarifas, produtos e serviços oferecidos. “Os pacotes e os valores variam bastante entre as instituições financeiras, por isso é importante pesquisar em todas elas, inclusive nas cooperativas de crédito, que ofertam produtos e serviços similares aos dos bancos”, orienta Barroso.

. Negocie com o seu banco
Apesar de o uso da conta pessoal para transações empresariais não ser recomendado, Beltrani explica que a empreendedora pode usar o seu histórico de pessoa física com o banco para negociar melhores tarifas. “Se a pessoa já tem uma relação com a instituição, pode usar o seu prestígio de pessoa física na pessoa jurídica, para negociar vantagens.”

. Escolha o pacote mais adequado às suas necessidades
Os especialistas também recomendam a compreensão exata do seu pacote. É preciso saber quanto está pagando, pelo que e se aqueles produtos são os mais adequados ao cotidiano da sua empresa. As instituições financeiras costumam oferecer pacotes a partir das necessidades de cada empresa.

Com diversas opções disponíveis, é preciso entender a oferta de cada banco e escolher a que mais se adequa às suas necessidades. “A pessoa deve analisar o que tem no seu pacote e quanto daquilo ela está consumindo. Se perceber que está estourando o limite de alguns produtos e deixando de usar outros, deve negociar o pacote para economizar”, orienta Beltrani.

(Site: Finanças Femininas)