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19/01/2017 09h35
Gasolina sobe 2,43% e gera maior impacto sobre o IPCA-15 de janeiro
A gasolina ficou 2,43% mais cara em janeiro e foi o item de maior impacto sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O combustível deu uma contribuição de 0,10 ponto porcentual para a taxa de 0,31% registrada pelo IPCA-15 do mês.

O aumento refletiu o impacto nas bombas do reajuste de 8,1% autorizado pela Petrobras nas refinarias desde 6 de dezembro. As regiões que registraram mais elevação nos preços da gasolina foram Goiânia (4,60%), Brasília (4,32%) e Fortaleza (4,22%).

As despesas com Transportes passaram de 0,79% em dezembro para 0,71% em janeiro. Apesar da ligeira desaceleração, o grupo ainda foi responsável pela maior contribuição sobre a inflação deste mês, 0,13 ponto porcentual.

Outras pressões
Além da gasolina, as despesas com transportes também foram pressionadas pelas tarifas dos ônibus urbanos (0,83%) e ônibus intermunicipais (1,87%), além do etanol (2,28%) e do seguro voluntário (1,70%).

A alta nos ônibus urbanos é consequência das variações em três regiões metropolitanas. Em Brasília (9,25%), houve reajuste de 25% nas tarifas, em 2 de janeiro. Embora a Câmara Legislativa do Distrito Federal tenha decidido anular esse reajuste em 12 de janeiro, ele continua vigente até que a decisão seja publicada. Em Salvador (3,60%), o reajuste foi de 9,09%, desde 2 de janeiro. Em Belo Horizonte (3,24%), houve reajuste de 9,40%, em vigor desde 3 de janeiro.

Em janeiro, as famílias gastaram menos não apenas com habitação, mas também com artigos de residência (-0,23%) e vestuário (-0,18%).

Despesas Pessoais
Na direção oposta, o grupo Despesas Pessoais teve a maior alta, 0,76%, devido ao cigarro, que subiu 2,61% após os reajustes praticados em 1º de dezembro. Outras pressões partiram dos itens excursão (2,51%) e empregado doméstico (0,52%), que apropriou 1/12 do reajuste do novo salário mínimo nacional em todas as regiões pesquisadas, já que os salários regionais ainda não foram definidos.

Os demais grupos com aumentos foram: Saúde e Cuidados Pessoais (0,48%), Alimentação e bebidas (0,28%), Transportes (0,71%), Educação (0,18%) e Comunicação (0,49%).

(Estadão Conteúdo)