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04/09/2015 15h50
Motos na mira: Anúncio de novos radares a partir do dia 10 é destaque no Diário de São Paulo

O jornal Diário de São Paulo publicou nesta sexta-feira, 4, matéria sobre o anúncio da Prefeitura de São Paulo de comprar dez radares pistola para fiscalizar motociclistas acima da velocidade máxima permitida nas marginais Pinheiro e Tietê.

De acordo com o prefeito Fernando Haddad, os aparelhos serão operados por guardas-civis metropolitanos, que começam a multar já no próximo dia 10. Ao total serão 38 pontos de fiscalização, mas não foi informado o local em que ficarão os radares.

A reportagem cita que depois de comprar briga com boa parte de motoristas de carros da capital ao reduzir a velocidade permitida nessas duas importantes vias da cidade, agora chegou a vez de a gestão Haddad ir para cima dos motoboys

A matéria destaca também que esse tipo de equipamento deixou de ser usado na capital em agosto de 2014 porque o contrato, assinado em março de 2012, havia terminado e que, atualmente, a maioria dos radares fixos instalados nas marginais não consegue flagrar motociclistas porque fotografam os veículos de frente – a placa, nas motos, é instalada na traseira.

Ao jornal, o prefeito argumentou que essa medida serve para proteger a vida do motociclista. Também procurado pelo Diário, o diretor de comunicação da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves Junior, disse que é preciso alertar os motociclistas sobre a presença dos agentes fiscais nas marginais. A Prefeitura, porém, avisou que não fará aviso prévio.

Os sindicatos patronal e profissional que representam a categoria de motofrete na capital opinaram sobre esses radares. O presidente do SEDERSP, Fernando Souza, reforçou a necessidade de programas de educacionais. “Mais importante do que multar os motociclistas é criar ações de conscientização que mostre os perigos de trafegar em alta velocidade. Essa é uma questão cultural, que precisa ser revertida desde cedo”. Em nota encaminhada à imprensa, a entidade esclarece que toda ação relacionada à redução de velocidade que tenha como objetivo diminuir o número de acidentes envolvendo motociclistas, o SEDERSP apoia, porém quando o assunto em destaque são os radares e as multas, o que o sindicato espera do poder público é que essa arrecadação seja revertida em benefícios para a categoria, com campanhas de educação e melhorias no trânsito de modo geral, o que, em prática, pouco acontece.

Do ponto de vista laboral, o presidente do Sindimoto, Gil Almeida, também criticou no Diário o modo como essa norma será tomada. “Trata-se de um achaque. Os motoboys vão se transformar numa legião de devedores. O sujeito deixará de pagar o licenciamento anual da motocicleta por causa das multas. Devemos fazer uma assembleia para discutir o assunto”.