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08/04/2021 20h05
Prioridade para os motoboys na vacinação SIM!

O debate em torno da prioridade da vacinação contra a Covid 19 a grupos de profissionais tem gerado discussões calorosas em todas as esferas - e o setor de entregas rápidas precisa fazer parte dessa pauta, já que muito se fala em priorizar determinadas categorias de trabalhadores, mas pouco se ouve dizer sobre os motoboys, ESSENCIAIS nesse período de pandemia.

A exemplo disso, nesta semana (6), a Câmara Municipal de São Paulo incluiu o tema para ser discutido na Sessão Plenária para tratar da elaboração de um Projeto de Lei para priorizar grupos de trabalhadores no plano de vacinação na capital. Entre os parlamentares, há quem defenda várias classes, desde os dentistas, vigilantes, professores, motoristas de ônibus, dentre outros. E OS MOTOBOYS? Precisamos inserir os entregadores nessa temática, sim, uma vez que, desde março de 2020, quando a quarentena ganhou força, o serviço de entregas rápidas passou a ser em muitos casos a única ponte entre as pessoas, físicas e jurídicas, seja no campo de alimentação, de entrega de documentos, exames etc.

A exemplo disso, os escritórios, que viraram reféns dos serviços home office, tiveram a garantia de que tudo chegaria nas mãos de quem precisasse. E quem estava nessa linha de frente? Os entregadores, arriscando suas vidas em prol de manter essa atividade em pleno funcionamento. E o risco permanece.

Vale ressaltar que nossas empresas celetistas intensificaram as medidas de segurança, muniram seus motofretistas de equipamentos de proteção, mas ainda assim, sabemos que o contágio está no ar, nas atitudes dos próprios tomadores que, muitas vezes esquecem que o motoboy está lá, com a sua máscara no rosto, álcool em gel no bolso, porém esse mesmo receptor não percebe que os cuidados devem ser recíprocos, principalmente agora com essas novas variantes em que a transmissão ocorre com mais facilidade.

Um ano se passou. Agora, chega a vacina que tanto esperávamos e, com ela, a nossa expectativa de que os entregadores – e não apenas os celetistas e sim todos – sejam vistos como prioritários.

Vale lembrar que em janeiro deste ano o Ministério anunciou uma lista de prioridade incluindo 27 categorias profissionais. Para nossa decepção, o PROFISSIONAL MOTOBOY estava fora dessa relação.

Entendemos a prioridade majoritária em assistir primeiro quem está na linha de frente da Saúde, pessoas idosas, povos indígenas, dentre outras listadas no critério de vacinação. Ocorre, contudo que, quando essa listagem segue aos demais trabalhadores, vimos como essencial, primordial e mais do que imprescindível que esses motoboys, que, reforço, desde o início colocaram-se, e colocam, suas vidas e de seus familiares e demais colegas em risco, sejam também incluídos nessa ordem.

Por conta disso, nossa entidade segue encaminhando ofícios a diversos órgãos competentes das esferas municipal, estadual e Federal solicitando uma revisão dessa prioridade PARA QUE SEJAM INCLUÍDOS TODOS OS MOTOBOYS COMPROVADAMENTE ATUANTES nessa lista prioritária, já que esses profissionais mantêm diariamente suas atividades em contato direto com milhares de pessoas, sob grandes riscos de contágio.

Seguiremos na luta pela segurança e proteção dos nossos colaboradores, esse também é o nosso papel.

(Artigo do presidente do SEDERSP, Fernando Souza)