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01/03/2021 09h00
Como apps de delivery fizeram moto virar o transporte mais letal de SP

Matéria publicada no site Mobiauto destaca a falta de segurança no trânsito após o aumento de serviços de delivery por aplicativos - tema que vale a pena o empresário do setor de entregas que atua na contratação celetista ver e que o SEDERSP tem publicado com frequencia, cobrando ações mais efetivas das autoridades competentes.

De acordo com o texto , além das questões trabalhistas que afetam os motoboys que passaram a trabalhar nesta pandemia com entregas “perdidos no limbo de uma área ainda pouco regulamentada, sendo considerados autônomos ao mesmo tempo em que enfrentam rotinas de mais de 12 horas diárias dedicadas às entregas, há uma outra consequência importante desse fenômeno”, que é e justamente o problema no trânsito e, consequentemente, os acidentes envolvendo esses trabalhadores que vem aumentando.

A matéria cita os dados do Infosiga-SP como comparativo nos casos de 2020 em relação aos anos anteriores:

“Analisando fora de contexto, fica a impressão de que houve recuo nas mortes de motociclistas nos últimos anos. Morreram menos em 2020 do que em 2015. No entanto, é preciso observar que o número geral de óbitos por acidentes de trânsito em São Paulo caiu em velocidade bem mais acelerada no período.

Isso se deve à evolução na segurança dos carros nos últimos anos, aliada a uma evolução geral de proteção das vias (o que ajuda a explicar a queda na morte de pedestres).

Já a letalidade dos motociclistas caiu em ritmo muito menos acelerado e até estagnou em 2020, ano em que a pandemia afetou a circulação de carros na capital e, por consequência, gerou queda de 12,37% no número total de mortos por acidentes de trânsito em São Paulo, segundo o Infosiga-SP. No caso dos motociclistas, porém, a queda foi de apenas 0,96%.

A CET (companhia municipal de tráfego) indica que em 2018 e 19 o número de acidentes de moto com vítimas (não necessariamente fatais, mas que sofreram algum tipo de ferimento, seja leve ou gravíssimo) voltou a crescer no município após uma forte tendência de queda a partir de 2010 (acompanhada por outros tipos de meios de transporte, quase todos ainda em queda).

O número de infrações também é alto: só em 2020, de acordo com a companhia municipal de tráfego, houve 4.380 autuações de motociclistas na cidade por avanço de sinal vermelho e absurdas 77.059 por excesso de velocidade. Dessas últimas, 19.073 foram com velocidade acima de 20% do limite da via".

A reportagem também conversou com o presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, Aurelio Ramalho, que destacou um fator importante no que se refere à má formação dos condutores, falta de fiscalização e problemas de alvará.

“O aumento percentual na letalidade de motociclistas pode estar ligado a dois fatores: à má formação de condutores, que vêm passando cada vez mais tempo nas ruas a bordo de uma motocicleta, e à ausência de fiscalização de leis já estabelecidas para o exercício da função de motofretista. Mas, se a gente olhar as motos que passam com baú pelas ruas, dá para ver que boa parte delas possui placa cinza em vez da vermelha. Qualquer um se torna um entregador hoje, esteja com os requisitos cobrados por lei ou não”, completa.

A reportagem menciona também a falta de critério e treinamento de segurança no trânsito desses entregadores de aplicativos, para isso, conversou com motoboys que relataram a rotina e os procedimentos para iniciar o processo de trabalho. Bloqueios dos apps em caso incidentes com as motos também são constantes, segundo a matéria.

O texto é longo, mas vale a pena ver e compartilhar. Para acessar, copie e cole o link: https://www.mobiauto.com.br/revista/como-apps-de-delivery-fizeram-moto-virar-o-transporte-mais-letal-de-sp/623