Notícias

05/11/2014 09h15
SEDERSP orienta como fazer planilha de custos

A realidade do setor patronal de distribuição de entrega rápida mudou após a lei de periculosidade, que estabelece o pagamento de adicional de 30% sobre o salário do motofretista.

Com base nessa mudança, o SEDERSP apresentou ao empresariado do ramo sugestões para a realização de controle de caixa, bem como a orientação de como montar uma planilha de custo com a aplicação de novos valores.

A explicação ocorreu no último dia 25, sábado, durante a reunião mensal com empresários, ocorrida no Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de SP (SETCESP), e teve como objetivo central instruir aos associados como repassar esse valor aos seus clientes, com argumentos concretos e visíveis.

O assessor jurídico do SEDERSP Angelúcio Piva esclareceu sobre a necessidade de incluir todos os custos. Segundo ele, um item importante que não pode ficar fora da planilha é a provisão para pagar rescisão trabalhista, até mesmo a reclamatória. “Abrir uma empresa não é só chegar, erguer uma portinha e começar a trabalhar. O empresário tem que pensar lá na frente, planejar e fazer uma planilha real”, disse.

Outro grande fator que não deve ser ignorado é como trabalhar a tabela de custos frente aos concorrentes que atuam na informalidade e que têm apresentado valores menores que os praticados no mercado formal.

Piva também citou outras dificuldades enfrentadas pelo empresariado, entre elas a falta de mão de obra, o surgimento dos aplicativos e, principalmente, os clientes que não valorizam o trabalho oferecido. “Quem contratar os serviços do setor motofretista tem que valorizar o todo. Por isso, a necessidade de se fazer uma boa planilha”, conclui.

“O papel do sindicato não é mostrar o quanto o empresário tem que cobrar do cliente, mas orientar sobre o mínimo que deve ser apresentado. Quanto à informalidade, estamos trabalhando fortemente para minimizar esse problema, mas para isso, precisamos da união de todos do setor”, assegura a diretora da entidade Herika Mascarenhas. “Essa união já vem mostrando efeitos positivos”, destaca o presidente da Casa, Fernando de Souza.