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10/10/2014 15h20
Quarta-feira é o dia preferido dos bandidos para roubar motos em SP
Um estudo feito em São Paulo revelou que a quarta-feira é o dia preferido dos bandidos para roubar motos. E que 15% desses roubos acontecem cedinho, quando as pessoas estão indo para o trabalho. O levantamento mostra ainda quais são os pontos mais perigosos na capital paulista.

Por pouco, o Fábio não ficou sem a moto. Ele foi assaltado por dois homens armados na semana passada, às 21h, quando voltava da faculdade. “A abordagem foi muito rápida”, diz Fabio Alexandre de Freitas, analista de segurança.

A moto tinha rastreador e foi localizada perto do lugar do roubo, inteirinha. “Acho que abordagem deles é deixar a moto lá parada durante uns quatro dias e caso ninguém apareça, aí eles devem tomar outra atitude”, afirma Fabio.

Os roubos de veículos, que incluem carros, motos e caminhões caíram 12% em agosto na cidade de São Paulo, comparados com agosto do ano passado. Mas, na comparação do acumulado de janeiro a agosto, aumentaram 4%. Um levantamento feito por uma empresa de rastreadores mostra que o roubo de motos é pelo menos três vezes maior do que o de carros.

O perigo aumenta depois que escurece. De acordo com o levantamento, a maior parte dos roubos acontece entre 20h e 23h, quando, além de escuras, as ruas também ficam mais desertas. Mas de manhã, também é arriscado, principalmente, na ida para o trabalho. Muitas vezes, nesse período, nem moto escapa do trânsito. E parada no congestionamento, vira alvo fácil para os bandidos.
Não importa o tamanho da moto. Os três modelos mais visados, que representam metade dos roubos, são: Fazer 250, GC 150 e CB 300R.
Mas os lugares fazem diferença: os seis bairros onde mais acontecem roubos de moto ficam todos na periferia da Zona Leste. Segundo a empresa que fez o estudo, isso acontece porque a região tem muitos desmanches clandestinos.

“Tudo que estão fazendo é bem calculado. Ele vai roubar na Zona Leste, entregar na Zona Leste e voltar para a rua para roubar de novo”, explica Yaron Littan, presidente da empresa de rastreamento.

A Secretaria da Segurança Pública diz que a Lei do Desmanche foi criada para reduzir o índice de roubos. E que, desde julho, as polícias Civil e Militar fiscalizaram 89 desmanches. E 79 eram irregulares e foram lacrados.

Fonte: Bom Dia Brasil