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17/04/2019 17h00
Motos serão proibidas na Marginal Pinheiros – entidades do setor não foram consultadas

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou nesta quarta-feira (17) que a circulação de motos será proibida na pista expressa da Marginal Pinheiros, sentido Castelo Branco a partir de maio deste ano.

De acordo com a administração pública municipal, a medida faz parte do Plano de Segurança Viária. No entanto, entidades do setor, entre elas o SEDERSP, não foram consultadas sobre essa questão. Vale destacar que o sindicato patronal participa desde 2016 da Câmara Temática de Motocicletas em reuniões realizadas com a Secretaria de Transportes e várias organizações, com o objetivo de debater a segurança dos motociclistas - e esse assunto anunciado nesta semana pelo prefeito nunca foi pauta de debate.

“Fomos pegos de surpresa, uma vez que estamos sempre presentes nas reuniões do setor, entre elas a Câmara Temática, justamente para discutir sobre a segurança viária. E agora, vir uma proibição dessas e nenhum participante do segmento ter sido consultado, isso é, no mínimo, um desrespeito a todo esse nosso trabalho que vem sendo desenvolvido no decorrer desses quatro anos”, comenta o presidente do SEDERSP, Fernando Souza.

Segundo o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, o plano tem como conceito a "Visão Zero", "que diz que nenhuma morte é aceitável no trânsito". Caram acrescentou que até 2020 as motos também serão proibidas no sentido Interlagos da Marginal Pinheiros.

Vale destacar que o SEDERSP é favorável e apoia toda ação de combate a acidentes envolvendo motociclistas, porém, a entidade defende que antes de qualquer medida proibitiva deve haver planejamento, informação e principalmente uma discussão com todo o setor. “O que se percebe é que esse tipo de mudança não surte o efeito esperado, as ocorrências simplesmente migram de lugar. O que falta é um trabalho intenso de educação no trânsito”, destaca Souza.

O prazo para o início da proibição também é outro fator preocupante na visão do SEDERSP, uma vez que a prefeitura pretende implantar a medida em maio. “Estamos no fim de abril e somente agora a prefeitura torna pública a sua decisão. A ação vai começar daqui a poucos dias. Não há tempo hábil para a realização de uma campanha educativa nas ruas avisando os motociclistas sobre essa proibição. Sem educação no trânsito, sem informação, sem planejamento, sem debater com os setores envolvidos, nada vai mudar”, finaliza Fernando.


O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou nesta quarta-feira (17) que a circulação de motos será proibida na pista expressa as Marginal Pinheiros, sentido Castelo Branco a partir de maio deste ano.

De acordo com a administração pública municipal, a medida faz parte do Plano de Segurança Viária. No entanto, entidades do setor, entre elas o SEDERSP, não foram consultadas sobre essa questão. Vale destacar que o sindicato patronal participa desde 2016 da Câmara Temática de Motofrete em reuniões realizadas com a Secretaria de Transportes e várias organizações, com o objetivo de debater a segurança dos motociclistas - e esse assunto anunciado nesta semana pelo prefeito nunca foi pauta de debate.

“Fomos pegos de surpresa, uma vez que estamos sempre presentes nas reuniões do setor, entre elas a Câmara Temática, justamente para discutir sobre a segurança viária. E agora, vir uma proibição dessas e nenhum participante do segmento ter sido consultado, isso é, no mínimo, um desrespeito a todo esse nosso trabalho que vem sendo desenvolvido no decorrer desses quatro anos”, comenta o presidente do SEDERSP, Fernando Souza.

Segundo o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, o plano tem como conceito a "Visão Zero", "que diz que nenhuma morte é aceitável no trânsito". Caram acrescentou que até 2020 as motos também serão proibidas no sentido Interlagos da Marginal Pinheiros.

Vale destacar que o SEDERSP é favorável e apoia toda ação de combate a acidentes envolvendo motociclistas, porém, a entidade defende que antes de qualquer medida proibitiva deve haver planejamento, informação e principalmente uma discussão com todo o setor. “O que se percebe é que esse tipo de mudança não surte o efeito esperado, as ocorrências simplesmente migram de lugar. O que falta é um trabalho intenso de educação no trânsito”, destaca Souza.

O prazo para o início da proibição também é outro fator preocupante na visão do SEDERSP, uma vez que a prefeitura pretende implantar a medida em maio. “Estamos no fim de abril e somente agora a prefeitura torna pública a sua decisão. A ação vai começar daqui a poucos dias. Não há tempo hábil para a realização de uma campanha educativa nas ruas avisando os motociclistas sobre essa proibição. Sem educação no trânsito, sem informação, sem planejamento, sem debater com os setores envolvidos, nada vai mudar”, finaliza Fernando.