Notícias

17/11/2018 22h00
Consumidores reclamam de atrasos em encomendas enviadas pelos Correios

Neste sábado (17), o Jornal Nacional (TV Globo) veiculou reportagem sobre os problemas causados pela demora na entrega de encomendas solicitadas através do sistema dos Correios.

A matéria mostra a indignação de um homem que comprou pela internet um travesseiro ortopédico direto da China. Segundo o entrevistado, a compra não demorou a chegar no Brasil. A encomenda saiu do oriente dia 3 de outubro, chegando ao Brasil dia 9. Após descobrir que teria que pagar uma taxa, o rapaz deu sequência no andamento dia 24, mas ainda aguarda pelo produto. “Está demorando mais a entrega no Brasil do que para vir do país de origem para cá. No meu caso, esse travesseiro é para a minha saúde e eu estou até agora aguardando. A previsão sempre é genérica: 40 dias uteis para todos os produtos que você liga (para saber a data de entrega) nos Correios".

Um vendedor de eletrônicos também lamentou a morosidade do serviço. Ele conta que fez a venda de um celular para um cliente, mas já faz quase um mês que o produto foi despachado por ele em São Paulo e ainda não chegou ao destino, na Bahia. “A gente faz essa nossa imagem e procura passar essa confiança para o cliente. Agora, fica muito difícil passar essa confiança e esse relacionamento entre o vendedor e o cliente quando muitas das vezes atrasa o serviço e o produto”, lamenta.

A cobrança da taxa extra para entrega dos produtos que vêm de fora do país também foi abordada. Desde agosto deste ano o Correio iniciou com essa aplicação de valor adicional, sob a alegação de necessidades de melhorar os serviços diante do crescimento de encomendas, “só que de lá pra cá as reclamações quanto a demora continuam”, informa a repórter.

Reclamações pela internet também foram citadas na reportagem. “De janeiro a outubro (deste ano), um site recebeu 55.384 queixas contra os Correios - um salto de 81% em relação ao mesmo período do ano passado. O temor de quem precisa dos correios é que essa situação piore com o aumento de demanda, que começa com a promoção da Black Friday e que vai até o natal”, esclarece a matéria.

A repórter foi até um dos maiores centros de distribuição dos Correios para ver como estava o funcionamento naquela unidade. “A esteira não funciona direto, trabalha conforme acúmulo de cargas e em horários determinados para cada tipo de encomenda. Parte dos serviços está sendo entregue a funcionários terceirizados e boa parte da leitura das etiquetas Brasil afora ainda é manual e não digital como aqui”, disse.

Em resposta, a empresa disse que vai melhorar o serviço.