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13/04/2018 17h10
Banco Central estuda fixar limite em tarifas de cartão de crédito

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta sexta-feira, 13, que a instituição avalia fixar um teto para as tarifas operacionais dos cartões de crédito, como já foi definido recentemente para os de débito.

O objetivo é baratear os custos das transações para os lojistas e que esta redução chegue ao consumidor, estimulando assim o uso de meios eletrônicos de pagamentos.

A partir de 1º de outubro, o BC determinou que haverá limitação dos porcentuais da chamada tarifa de intercâmbio dos cartões de débito, que poderão chegar a no máximo 0,8% de cada transação. A taxa de intercâmbio é a tarifa que a empresa que credencia as lojas paga para o emissor do cartão, os bancos, em cada transação com o plástico.

“Com a medida nos cartões de débito, nossa expectativa é que a redução seja repassada para o credenciador e ao lojista e chegue ao consumidor por meio da concorrência”, afirmou o presidente do BC nesta sexta-feira em evento do Insper e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

“Obviamente, vamos continuar avaliando se o teto [para o débito] é correto, se tem que reduzir mais. Vamos avaliar também se é preciso colocar um teto em outros instrumentos, como cartões de crédito”, afirmou Ilan. “Tudo isso faz parte de nossa agenda neste ano.”

“Estamos incentivando a competição nos meios de pagamento”, disse Ilan. O objetivo do BC é aumentar o uso de meios eletrônicos, como os cartões de débito, considerados mais eficientes que o papel de moeda. Isso trará redução de custos para todo mundo, afirmou ele. “Foram adotadas medidas que melhoram a concorrência e tornam o uso do cartão de crédito mais eficiente e barato”, disse Ilan Goldfajn.

(Veja)